BIOGRAFIA

Dionísio Afonso Gonçalves, nasceu a 18 de Dezembro de 1942, na freguesia de Santa Maria do Concelho de Bragança, filho de Dionísio das Dores Dias Gonçalves e de Ana Leopoldina dos Santos Afonso.
É casado com Maria das Mercês Rodrigues Gonçalves e tem três filhos: Ana Maria, Henrique Manuel e Joana Maria.

Em 1965/1966 exerceu funções de Oficial Miliciano de Meteorologia na Força Aérea Portuguesa.

Em 1972 licenciou-se em Engenharia Agronómica, com 15 valores, no Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa.

De 1972 a 1975 foi Assistente da disciplina da Mesologia e Meteorologia Agrícolas do Instituto Superior de Agronomia.

Em 1975, transitou como Assistente para o então Instituto Politécnico de Vila Real, hoje Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Em 1985, obteve o grau de Doutor em Engenharia Agrícola, com distinção e louvor, pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, com uma tese subordinada ao tema:
"Contribuição para o Estudo do Clima da Bacia Superior do Rio Sabor. (Influência da Circulação Geral e Regional na Estrutura da Baixa Atmosfera"

Em 1992, obteve a agregação, tendo sido aprovado por unanimidade.

É Professor Catedrático de nomeação definitiva da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

A sua produção científica tem abrangido a Agroclimatologia e o estudo dos Climas Locais com a finalidade do Ordenamento do Território, defesa das culturas dos elementos climáticos adversos e contribuição para a adaptação das previsões meteorológicas à escala regional e local. Neste âmbito orientou oito doutoramentos.

Foi responsável pela delimitação e instalação do Parque Natural de Montesinho, tendo sido, de 1978 a 1983, Presidente da Comissão Instaladora e de 1986 a 1993, seu Coordenador.
Da acção desenvolvida no Parque Natural de Montesinho salienta-se a justificação da sua criação e a defesa de um modelo de desenvolvimento para esta área protegida.

De 1983 a 1988, foi Presidente da Comissão Instaladora da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança.

Foi Presidente do Instituto Politécnico de Bragança, desde 1988 até Setembro de 2005, altura da sua aposentação, mantendo-se em funções e assegurando o processo eleitoral conducente à eleição do novo Presidente do Instituto. Como Presidente do IPB, a sua principal missão consistiu em implementar uma instituição técnica e cientificamente credível a nível nacional e internacional, pondo em marcha um dos projectos nacionais mais ambiciosos de doutoramento do pessoal docente.
A par deste objectivo fundamental, teve que garantir o crescimento da Instituição, que tinha sido criada apenas com duas Escolas: a Escola Superior de Educação e a Escola Superior Agrária. As diligências que efectuou conduziram à criação da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Bragança em 1990, da Escola Superior de Tecnologia e de Gestão de Mirandela em 1999 e da Escola Superior de Saúde em 2003, esta por reconversão da Escola de Enfermagem. Tal determinou um crescimento notável do Instituto, que ocupa hoje um lugar de destaque no âmbito do Ensino Superior Português.

É Coordenador do Centro de Investigação de Montanha da Fundação para a Ciência e Tecnologia desde a sua fundação, em 2002.

É membro da Comissão Nacional de Acesso ao Ensino Superior desde 2004.

Em 2006, fez parte do Júri de selecção das candidaturas das Instituições de Ensino Superior, à avaliação, pela Associação das Universidades Europeias.

Foi membro de variados júris de provas académicas - Mestrado, Doutoramento e Agregação -, e de provas de acesso a lugares superiores das carreiras do ensino superior e de investigação.

Foi orientador de trabalhos académicos de variados níveis e instituições, desde estágios de licenciatura, passando pelos apresentados em provas públicas das carreiras do ensino superior e Mestrados, às oito Teses de Doutoramento defendidas por orientandos seus.

Foi Coordenador Nacional do programa de Investigação do British Council "Plant Environmental Interations" que teve por objectivo o estudo da interacção entre as alterações do meio ambiente e as plantas, nomeadamente ao nível do aumento do CO2, temperatura, stresse hídrico, salinidade, metais pesados e poluição do solo.

Tem dezenas de artigos, de carácter técnico e científico, publicados em diversas revistas e livros de actas de congressos, em Portugal e no estrangeiro, integrando equipas de investigação de múltiplas origens, geográfica e institucional, focando tópicos num largo espectro de interesses científicos:
- Microclimatologia e Climatologia Urbana
- Agrometeorologia
- Física do Solo, muito especialmente Água do Solo e Temperatura do Solo
- Riscos Meteorológicos, incluindo Segurança Rodoviária e Incêndios Florestais

Durante a sua vasta actividade, como docente e investigador, como responsável do Parque Natural de Montesinho, da Escola Superior Agrária ou do Instituto Politécnico de Bragança, efectuou diversas viagens e visitas de estudo que o transportaram aos quatro cantos do planeta, tendo-lhe permitido contactar com as várias realidades climáticas do globo e observar "in loco" os mais significativos ecossistemas terrestres.